quarta-feira, setembro 27, 2006

Vou só ali...

... e já volto!
Segunda-feira cá nos encontramos.
Até lá, beijos e abraços :)*


(Amesterdão, Holanda)

Um ano

Faz hoje, logo mais à noite (de madrugada, para ser mais precisa).
Lembro-me perfeitamente do espanto, da surpresa, da estupefacção, do isto não pode estar a acontecer, do isto não faz sentido nenhum. Passou um ano, e ainda não sei se isto faz algum sentido. Mas aconteceu, não há dúvida. No entanto, eu não sei como viver isto que aconteceu, e às vezes tenho a sensação que isso faz com que viva uma outra coisa que não esta. Também não estou a fazer sentido nenhum, não é? Tenho alturas em que só me apetece desistir, porque viver isto exige de mim o grande sacrifício de não ter força para fazer o que devia ser feito. Mas nesta minha nova cobardia, que é assim mais ou menos como acordar de manhã na cama de um estranho, não tenho coragem de simplesmente ir.
Viver tira-me o sono.

terça-feira, setembro 26, 2006

Recordações

O café pingava do filtro para o balão de vidro, com uma lentidão desesperante. Dizias-me que tinhas aceite aquele trabalho no Brasil. Que precisavas de te afastar de mim. Que sermos amigos era muito bonito mas que a proximidade te impedia de esquecer. Acusavas-me de não te deixar seguir em frente: “Ao mesmo tempo que dizes que não me queres, brindas-me com abraços, beijos e palavras carinhosas, para me manteres o amor em lume brando!”. Eu não percebia estas palavras, e talvez por isso as tenha fixado. Não percebia o tom agressivo (se sempre tinha sido sincera contigo). Não percebia o espanto dos abraços, beijos e palavras carinhosas (se eras um dos meus amigos mais queridos). Percebia a necessidade de te afastares, mas pores um oceano de distância entre nós parecia-me excessivo. Deste-me um beijo rápido e foste. O café ficou finalmente pronto. Tinha um gosto amargo. Pensei se os grãos teriam vindo do Brasil…

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ah, as saudades que eu tinha...

... de levar uma hora para fazer seis quilómetros! :Þ

I'm back. From outer space, ou qualquer coisa que o valha.
Muito mais descansada, mas ainda um tanto ou quanto desequilibrada [não esperavam milagres, pois não?].
As férias foram curtas, mas produtivas. Ora vejam:
*Consegui ultrapassar as cócegas e habituei-me a conduzir descalça.
*Descobri que as gaivotas não nascem já assim, grandes, feias e com uma voz horrorosa. As gaivotas-bebé são pequeninas, lindas e piam como os outros passarinhos. Foram as minhas companheiras de passeio todas as manhãs, na praia.
*Originei um incidente diplomático quando, farta de estar a ouvir uma conversa sem pés nem cabeça sobre a filha-do-homem-do-talho-que-dizem-que-anda-metida-com-aquele-rapaz-que-trabalha-lá-em-baixo-na-pastelaria-e-o-coitado-do-marido-que-é-uma-jóia-sem-saber-de-nada, perguntei às duas melhores amigas da minha mãe porque é que não se metiam na vida delas.
*Cantei aos berros, no meio da rua, com a minha sobrinha e o meu afilhado, deixando a minha irmã, o meu cunhado e os meus pais muito envergonhados.
*Fiz um calo no dedo a descascar marmelos.

sexta-feira, setembro 15, 2006

quinta-feira, setembro 14, 2006

Perguntas aleatórias sobre a fidelidade

[Porque tu continuas a julgar-me…]

“O infiel sente remorsos, o fiel sente arrependimento” - será?

Questiono-me muitas vezes se a fidelidade não é apenas mais uma das muitas coisas que sobrevalorizamos numa relação. Não me refiro à fidelidade de sentimentos, claro, porque aí parece-me óbvio que só vale a pena estar com quem quer estar connosco. Refiro-me àquela fidelidade mais… física, chamemos-lhe assim. Ou então posso deixar-me de eufemismos e chamar as coisas pelo nome de uma vez por todas: é assim tão importante que a pessoa que amamos e que nos ama de volta só faça sexo connosco? O facto de querermos estar com outra pessoa põe alguma coisa em causa na relação de amor que mantemos? Até que ponto reprimirmos um desejo forte por alguém prova o que quer que seja relativamente ao que sentimos por outro alguém? O facto de “termos vontade de” não supõe já um certo grau de infidelidade? E, caso haja, efectivamente, lugar a culpas ou a remorsos, a quem é que eles cabem, ao que trai ou também à pessoa com quem trai? Ponderar a questão da fidelidade é só da responsabilidade de quem tem o compromisso, ou também do terceiro vértice do triângulo? Uma pessoa pensar “eu sou livre e desimpedida, durmo com quem me apetecer” é legítimo, ou pura hipocrisia?

terça-feira, setembro 12, 2006

Tic, tac, tic, tac...

"O tempo é o que impede que as coisas aconteçam todas de uma vez."

Desconfio que o meu tempo se avariou...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Hoje acordei com desejos...

... de ouvir Martinho da Vila.
Juro. Mal me levantei, fui logo buscar o CD para colocar na bolsa e, assim, não me esquecer de o levar para a redacção. Estou a ouvi-lo agora pela terceira vez... Sorte a minha que as coleguinhas de trabalho são umas porreiras! :)


P.S.: E por falar em trabalho, sim, estou cheia dele! Daí a ausência.
P.P.S.: Não sei se repararam, mas já consegui colocar os links ali ao lado. Caso me tenha esquecido de alguém, sintam-se à vontade para me enviar um e-mail a insultar-me! :Þ

terça-feira, setembro 05, 2006

Estética

O Peugeot 206 é um carro de gaja gira. E boa [sim, como os helicópteros]. É daquelas verdades de La Palice. Em 90 por cento dos casos que se olha para dentro de um, há uma mulher gira ao volante. Não combina, de todo, com uma gaja de 1,50 m, 80 quilos, calça de tecido branca com fio dental preto e top de alças igualmente branco a mostrar o umbigo! Ouviu, menina-da-minha-praceta-com-quem-me-cruzei-hoje-logo-de-manhã-pela-fresquinha?!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Carolina

A sobrinha mais linda do mundo ;)
[3 anos]

Ao lanche, todos à mesa, depois de ela já ter comido o iogurte e a fruta:

A mãe: Queres um bocadinho de pão?
Ela (entretida a bebericar o chá): Não, obrigada, só quero chá.
O pai: E um pedaço de bolo?
Ela: Não.
Eu: Não queres só uma fatia pequenina de pão, para provares o doce de tomate que a tia fez?
Ela: Não.
O avô: E uma tostinha?
Ela: Não.
A avó: Queres um bolinho da Deolinda, que a avó trouxe?
Ela (sempre na maior das calmas, a beber o chá, sem sequer olhar para nós): Vocês sabem o que é “não”?