Aprendi esta verdade há muitos anos, mas só recentemente
percebi que não se aplica apenas às relações entre duas pessoas. Aconteceu-me
com um carro [sim, eu sou parva a esse ponto], e só agora, à distância, consegui perceber isso. Verdade. Há
pouco mais de um ano, o meu carrinho muito amado teve um acidente que resultou
em perda total, com a seguradora – desalmada! – a dizer-me “sucata com ele,
tome lá um cheque”. Recompus-me do choque o melhor que pude, e como andar sem
carro me transtornava a vida, comprei outro três dias depois. Vendi-o ao fim de
dois meses. Odiava-o! Não encontrava posição de condução, a caixa de
velocidades enervava-me, os pedais encanitavam-me, o motor era um desespero, os
consumos tiravam-me do sério… E só esta semana, quando falava com uma colega
que tem um carro igual a esse, com o qual está muito satisfeita, e ela quis
saber o que é o meu tinha assim de tão mau, é que percebi que não era ele… era
eu. Ele foi o meu “rebound car”. Que me sarou o desgosto de ter ficado sem o carro de que eu tanto gostava, e me preparou emocionalmente para abrir o
coração ao próximo.
quinta-feira, julho 12, 2012
Rebound
Ninguém fica com quem nos ajuda a colar os pedaços do
coração. Acredito nisto, até por experiência própria dos dois lados do muro. O
que equivale a dizer que aquela relação que vem imediatamente a seguir a um
rompimento, não dura. É uma coisa passageira, que nos fortalece a autoestima e
nos prepara para voltarmos a dar oportunidade ao amor, e, por isso, não é amor
em si mesma. A pessoa que está ao nosso lado enquanto colamos os pedaços
partidos do nosso coração, vê o nosso lado mais frágil, enxuga-nos as lágrimas
de saudade que ainda teimam em cair, ampara-nos quando parece que vamos
desfalecer. E quando, finalmente, o nosso coração se conserta, quando voltamos a
sorrir e a acreditar no futuro, a pessoa que vemos refletida nos olhos de quem
estava ao nosso lado, já não é a pessoa que somos, e relação nenhuma resiste a
isso.
sexta-feira, julho 06, 2012
Cenas de gaja
Tenho que comprar sutiãs. E, sempre que penso nisso, a minha
conta bancária começa a suar.
[Que inveja das minhas irmãs, que vão à Tezenis, à Women’s
Secret ou à Dim, e compram sutiãs a 20 euros. Nesta parte financeira, sair ao
pai tem as suas vantagens.]
quinta-feira, julho 05, 2012
terça-feira, julho 03, 2012
Procrastinação
As coisas que eu consigo fazer quando era suposto estar a fazer outra coisa qualquer são verdadeiramente impressionantes.
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